O falo
Ia a passar numa prateleira de uma livraria quando vejo a capa e penso: Quem fez esta capa não viu que isto parecem pénis?
Pois bem, a sinopse deixou claro que, não só não viu como assim o quis.
A sinópse é muito divertida:
Pedro Soriano, um dos mais famosos patifes dos muitos que povoavam Lisboa no final do século XIX, ficou na história pelo seu atributo singular - um descomunal membro viril -, cantado por Guerra Junqueiro. Inicialmente, o poeta mostrou-se incrédulo, mas, tirando as dúvidas pela observação directa, pasmou e terá exclamado que semelhante instrumento merecia ser cantado num poema. Nasceu assim «A Torre de Babel ou a Porra do Soriano, que alcançou de imediato um sucesso estrondoso.Note-se que Junqueiro nunca permitiu que o poema, fruto de um repentismo ditado por abundantes libações, fosse publicado, mas os amigos que o ouviram fixaram-no e depois surgiram várias edições clandestinas, passando a ser a obra mais rara e cobiçada de Guerra Junqueiro.
Destaco o "tirando as dúvidas pela observação directa".