Don Winslow
Após ouvir a sua entrevista ao The Guardian Books podcast, fiquei absolutamente fascinada com Don Winslow e a forma como descrevia como os temas o assombravam, ao ponto de sentir que tinha de voltar, não só aos temas, mas também às personagens.
Don Wislow, a propósito da sua trilogia sobre a guerra às drogas pelos EUA e os cartéis mexicanos, fala de um dever de corrigir vozes ou dar voz a quem não a tem, uma forma de activismo literário (assim o entendo eu).
Fala também da dificuldade em encontrar o balanço entre a descrição da violência (negativo) e o impacto (positivo) dessa descrição brutal, esperando que o saldo seja positivo.
O problema é que as descrições são baseadas em factos reais, em violência real e até que ponto seria honesto, da sua parte, não a descrever com fidelidade?
E é assim que um autor, até hoje desconhecido para mim, entra no meu radar.