Calendário do Advento Literário #3
Foto de Daria Shevtsova - Unsplash
Dois audio livros.
Furiosamente Feliz e Lab Girl foram os dois livros que mais me marcaram em 2017. Ouvi ambos pelas vozes das suas autoras e isso fez toda a diferença.
O registo de ambas, não poderia ser mais diverso: Jenny Lawson fala sobre a sua saúde mental, de forma hilariante, usando os episódios mais caricatos da sua vida, para enquadrar o que é viver com doenças mental. Hope Jahren fez um livro de memórias de uma incrível virtuosidade, que torna a solidão algo físico, de tão palpável.
Ri-me com Jenny Lawson e chorei com Hope Jahren.
Foram os livros que mais me marcaram, pela melhor percepção (mais humilde) do que é viver com uma doença mental.
Ao interiorizar o conceito de doença crónica, associado à doença mental, percebi que tenho de ser mais presente no dia-a-dia de algumas pessoas. Percebi que deveria substituir a minha vontade de querer resolver as coisas, por uma presença que aceita a doença como parte da pessoa.
É por isso que continuo a idolatrar livro (mesmo numa versão fetichizante). O potencial que tem enquanto ferramenta para gerar empatia, e dessa forma humanizar, é verdadeiramente emocionante.