Bad Blood: Secrets and Lies in a Silicon Valley Startup - John Carreyrou
Bad Blood: Secrets and Lies in a Silicon Valley Startup - John Carreyrou
Este foi ouvido pelo buzz que gerou. Foi considerado por muitos um dos melhores livros de não ficção (nomeadamente pelo Finantial Times), sobre um crime real. E preparem-se porque já está planeada uma adaptação cinematográfica com Jennifer Lawrence.
Em 2014, a fundadora e CEO da Theranos, Elizabeth Holmes, foi amplamente vista como a nova Steve Jobs: uma brilhante desistente de Stanford cujo negócio "unicórnio" prometia revolucionar a indústria médica com uma máquina que tornaria os exames de sangue mais rápidos e fáceis. Prometia diagnósticos diversos com apenas uma gota de sangue. Era um sonho, uma TED Talk, uma visionária, uma jovem que inspirava todos que privavam com ela.
Apoiada por investidores multimilionários, a Theranos chegou a uma avaliação de 9 bilhões de dólares.
Porém, era tudo uma fraude. A tecnologia não funcionou.
De forma absolutamente incrível e durante anos, Elizabeth Holmes enganou investidores, autoridades da FDA e seus próprios funcionários. Quando o jornalista do The Wall Street Journal, John Carreyrou, começou a fazer perguntas, tanto Carreyrou quanto o Journal foram ameaçados com ações judiciais, jornalista e testemunhas seguidas e ameaçadas. Um verdadeiro ambiente de máfia.
O jornal começou a publicar artigos sobre a Theranos a partir do final de 2015 e esse processo é igualmente fascinante - o processo de verificação editorial e jurídica que precede uma publicação é capaz de durar semanas ou meses.
Em 2017 finalmente chega o fim da fraude, com o valor da empresa a zero e Holmes a enfrentar processos criminais. Pelo meio, o suicídio de um dos seus colaboradores e vários diagnósticos errados feitos a doentes.
Uma fascinante história de como alguém consegue ludribiar, durante anos, grandes empresas (incluindo a Walgreens) e autoridades reguladoras. Entre a ganância de uns e o desejo de outros de pertencer a um momento significante e inspirador, Elizabeth Holmes galgou todos sem olhar a meios e a consequências.